sexta-feira, 16 de abril de 2010

Descoberta do modo de expandiar as células estaminais do cordão umbilical

Num estudo levado a cabo pela Dra. Delaney, assistente na Divisão de Investigação Clínica do Centro Hutchinson e professora assistente do Departamento de Pediatria na escola de Medicina da Universidade de Washington, juntamente com os seus colegas, descobriu-se um novo método de manipulação das células estaminais do cordão umbilical em laboratório, de modo a aumentar o seu número para futuro tratamento de doenças.


Nas experiências levadas a cabo, foi possível, a partir de uma única unidade de células estaminais do cordão umbilical, aumentar em média 164 vezes o número de células CD34+, um tipo de célula estaminal hematopoiética (célula capaz de originar qualquer célula de linhagem sanguínea), ficando ao nível das fontes convencionais de transplante.

O mesmo estudo também descreve os resultados no tratamento de 10 pessoas com Leucemia aguda de alto risco. Nestes ensaios foi administrado a cada paciente uma unidade de células estaminais do cordão umbilical não manipulada e outra em que as células foram expandidas em laboratório.

Os resultados obtidos revelaram que, em média, as células levaram 14 dias a enxertarem, comparativamente a uma média de 4 semanas quando utilizadas células estaminais do cordão umbilical não manipuladas.

Sete do dez pacientes ainda hoje não manifestam sinais de doença, contendo um enxerto completo e permanente das células, e testes revelaram ainda que a recuperação de glóbulos brancos logo após o transplante derivou predominantemente da unidade de células estaminais do cordão umbilical expandida.

Esta descoberta revelou ser um grande avanço nos tratamentos efectuados com estas células estaminais do cordão umbilical, visto que quando extraídas, geralmente as células estaminais são em número reduzido (cerca de um décimo do número recebido por um paciente num transplante normal), e, por isso mesmo, acabam por levar mais tempo a enxertar o tecido lesionado. Também resultante deste facto, um paciente imunocomprometido, será mais susceptível de vir a sofrer de infecções potencialmente perigosas, pois não possuí células do Sistema Imunitário para as combater, uma vez que anteriormente ao transplante com células estaminais, este terá sido sujeito a uma radioterapia ou quimioterapia, que ao eliminar células do seu Sistema Imunitário, deixá-lo-á mais vulnerável.

Uma das doenças que actualmente recorre com maior frequência à injecção de células estaminais do cordão umbilical é a Leucemia, que graças a esta descoberta, terá elvadas probabilidades de sucesso no seu tratamento.


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