No passado dia 24 de Fevereiro, ocorreu no auditório José Saramago uma palestra, que contou com a colaboração do Director Científico da Bioteca, Gonçalo Cabrita, e a Directora de Laboratório, a Dra. Perpétua.
Inicialmente o Director Científico começou por fazer uma pequena introdução ao tema, explicando o conceito de células estaminais, no qual referiu o seu potencial de diferenciação e multiplicação, bem como os vários tipos existentes: células estaminais hematopoiéticas (existentes no cordão umbilical, e que dão origem a todo o tipo de células sanguíneas), do estroma (que se encontram na matriz, dentro da medula óssea, auxiliam o crescimento das células sanguíneas in vitro, e derivam das células estaminais mesenquimais), epiteliais (dão origem ao epitélio), neuronais ( que dão origem a células do sistema nervoso), e as mesenquimais (presentes na medula óssea, que podem originar ossos, gordura, cartilagem ou tecido conectivo).
Para além destes esclarecimentos, ainda foram abordados os vários tipos de células estaminais, quanto à sua capacidade de multiplicação: as totipotentes, existentes apenas nos primeiros dias de vida do embrião, dando origem a qualquer tipo de célula ou tecido; as pluripotentes, presentes no botão embrionário, podendo dar origem a todo o tipo de células e tecidos, excepto anexos embrionários; as multipotentes, que podem dar origem a outros tipos de células, mas em número limitado, como é o caso das células estaminais hematopoiéticas.
Após toda esta informação foram referidas algumas das aplicações actuais das células estaminais do cordão umbilical, nomeadamente na cura de leucemias e linfomas, e outras disfunções hematológicas, sendo que uma das doenças mais aprofundadas foi a Leucemia, caracterizada pelo cancro nas células do sangue, que não podendo ser eliminadas pelo próprio organismo, terão de ser removidas por quimioterapia ou radioterapia. Após este processo, poderá recorrer-se ao transplante de medula óssea no doente, ou investir nas células estaminais hematopoiéticas do cordão umbilical, que, ao poder originar qualquer tipo de célula sanguínea, poderão recuperar as células do sangue que foram previamente eliminadas da medula óssea.
Após toda esta informação foram referidas algumas das aplicações actuais das células estaminais do cordão umbilical, nomeadamente na cura de leucemias e linfomas, e outras disfunções hematológicas, sendo que uma das doenças mais aprofundadas foi a Leucemia, caracterizada pelo cancro nas células do sangue, que não podendo ser eliminadas pelo próprio organismo, terão de ser removidas por quimioterapia ou radioterapia. Após este processo, poderá recorrer-se ao transplante de medula óssea no doente, ou investir nas células estaminais hematopoiéticas do cordão umbilical, que, ao poder originar qualquer tipo de célula sanguínea, poderão recuperar as células do sangue que foram previamente eliminadas da medula óssea.
Ainda tomando como exemplo a Leucemia, o Director Científico referiu algumas vantagens do tratamento com células estaminais do cordão umbilical, como o facto de ser um processo menos doloroso para o paciente e possível dador, consoante a doença em questão (por exemplo, quando um paciente tem Leucemia, o dador de medula óssea poderá ter de se submeter a um processo evasivo e doloroso de extracção da mesma); a disponibilidade imediata, que evita a lista des espera em busca de dadores compatíveis; e, por último, caso haja transplante destas células em contexto autólogo, não existe perigo de rejeição por parte do paciente, pois existe histopatibilidade (por outro lado, no caso do transplante de medula óssea existe um maior risco de rejeição por parte do paciente, que deverá, deste modo, submeter-se a vários imunosupressores, que, por sua vez, deixam o doente vulnerável a várias doenças).
Por último, o Dr. Gonçalo Cabrita, deu a conhecer alguns gráficos, que revelavam os vários locais onde se realizaram transplantes com células estaminais, sendo que nos Estados Unidos estes teriam ocorrido em maior quantidade. Para além destes gráficos, foram apresentados outros relativos à durabilidade de alguns tipos de células no nosso organismo, onde os neurónios são as células que apresentam uma maior duração, visto que podem aguentar uma vida inteira, caso sejam preservados.
Ao longo da sua apresentação o Dr. Gonçalo Cabrita recebeu algumas questões provenientes da audiência, entre as quais se destacaram a o tempo médio em que as células estaminais do cordão umbilical mantêm a sua viabilidade (aproximadamente 20 a 25 anos); os problemas éticos em torno das células estaminais embrionárias (em que a investigação com estas células é possível caso seja aprovada por um comité ético, mas, actualmente, esta possibilidade é bastane complicada, uma vez que o embrião constituí um potencial ser humano, cuja existência será inviável caso haja investigação com embriões humanos, que, para além de todo este conjunto de factores, não podem ser obtidos com muita facilidade); por fim, foi ainda questionado o futuro das células estaminais quando o seu prazo de viabilidade espira (estas poderiam ser destruídas ou utilizadas para investigação consoante o consentimento prévio dos pais).
Após a apresentação do Director Científico, seguiu-se a Dra. Perpétua, que se encarregou pelos esclarecimentos relativos a todo o processo de recolha e controlo de qualidade das células estaminais do cordão umbilical (para mais informações relativas a este processo poderão consultar o post realizado aquando da visita à Bioteca).
Ficámos bastante contentes com o resultado final desta palestra, uma vez que o público manifestou grande interesse pelo tema, e todos se revelaram bastante receptivos, visto que o auditório se encontrava totalmente lotado.
Assim sendo, queríamos agradecer a presença de todos e a colaboração do Dr. Gonçalo Cabrita e da Dra. Perpétua neste evento, que não teria tido tanto sucesso sem a sua colaboração.
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